quinta-feira, 19 de junho de 2014 12:00 Ivana Andrade
O cantor diz que a expectativa é grande em relação ao show no ABC, onde o repertório será composto por um mix de grandes sucessos.Homem de paz, cheio de energia e que adora subir em palco. É assim que Jorge Vercillo se define. O cantor e compositor carioca, que vive momentos de plenitude e satisfação pessoal, faz show em comemoração aos 20 anos de carreira, no Teatro Paulo Machado de Carvalho, no dia 20 de julho, em São Caetano. A turnê, que teve início em São Paulo, celebra a trajetória artística e percorrerá diversas cidades do País. Com simpatia e simplicidade, Vercillo concedeu entrevista ao Repórter Diário.
O cantor diz que a expectativa é grande em relação ao show no ABC, onde o repertório será composto por um mix de grandes sucessos. Há músicas lentas, como Devaneio. Outras dançantes como Homem Aranha e Final Feliz, temas de novelas, como Fênix e Ela une todas as coisas, além de hits radiofônicos, entre eles Quem nem maré e Monalisa. Vercillo será acompanhado por André Neiva (contrabaixos e vocal), Claudio Infante (bateria), Misael da Hora (teclados e vocal), João Gaspar (violão, guitarra e vocal) e DJ MAM (sampler e vocais).
Sob a direção artística de Jorge Vercillo e André Neiva, o cenário do show traz série de projeções que fazem um grande passeio pela vida e obra do artista, um dos principais nomes da nova geração da MPB, que une contexto harmônico jazzístico a uma sonoridade pop.
Do início da carreira até hoje, muitas foram as mudanças na vida do compositor. "O respeito por parte do meio artístico aumentou. É muito bom saber que músicos seguem influência de Jorge Vercillo", enfatiza. Em relação à música brasileira, o compositor diz que a grande a preocupação é a falta de qualidade no mercado. "Temos MPB, samba, rock, funk... O ritmo não importa. Os artistas precisam acreditar num público melhor. Estão preocupados com popularização por meio da TV. Só pensam em lucro. Vamos divulgar a nova geração", critica.
Preconceito
A novidade é a música O silêncio na favela, em resposta ao preconceito, e cuja letra fala de política, sociedade, comunidade e alegrias. "Como flamenguista, não gosto quando meu time perde, e os adversários gritam silêncio na favela. É uma forma preconceituosa", lamenta Vercillo. A obra será lançada, inicialmente, na internet. O cantor acrescenta que tem repertório para lançar dois CDs, mas que não faz parte dos planos no momento, em função da pirataria. A ideia, segundo Vercillo, é vender músicas via internet, como no Itunes.
Vercillo conta que o programa Compositores Unidos, exibido aos sábados no Canal Brasil, está a todo vapor. O projeto, idealizado pelo cantor, em parceria com Dudu Falcão, apresenta encontros no estilo sarau, com músicas e bate-papo. "Recebemos grandes nomes da MPB, rock e samba", afirma. Nas horas vagas, o músico aproveita o tempo para viajar e curtir a família, a mulher Gabriela e os filhos Vinícius e Victor, além de amigos.
Graduado em Jornalismo, Jorge Vercillo diz que é uma área bacana e, quando tem tempo, escreve textos em suas redes sociais. "Tenho veia jornalística, mas não pretendo atuar profissionalmente". Libriano, o músico relata que adora estética e respeita a natureza. "Quando estou na praia, cato lixo. O homem suja e eu limpo", desabafa.
Teatro Paulo Machado de Carvalho
Al. Conde de Porto Alegre, 840, São Caetano
Dia 20 de julho, às 19h.
Ingressos: de R$ 100 a R$ 120.
Telefone: 2122-4070.
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